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A psicopedagogia é a área que aborda os processos e as dificuldades de aprendizagem, tanto de crianças e adolescentes, como adultos, fazendo, para isso, uso de diversos campos, como os da pedagogia, psicanálise, psicologia, linguística, semiótica, neuropsicologia, psicofisiológica, filosofia humana-existencial, antropologia e medicina.

Ela surge com o compromisso de contribuir para compreensão de processo de aprendizagem e identificação dos fatores facilitadores e comprometedores desse processo, com vista a uma intervenção abrangendo, tanto a área institucional, como a área clínica.

A área institucional visa colaborar com a instituição familiar, escolar, educativa em geral ou de saúde a fim de que possam cumprir seu papel transmissor e construtor de conhecimento. Essa máxima de que as soluções psicopedagógicas de muitos problemas da educação escolar são novas, como têm sido difundidas a partir dos anos de 1980, se desfaz à medida que analisamos esses problemas à luz das relações da psicologia com a pedagogia no Brasil. (Sass, 2003)

A atuação Clínica caracteriza-se em um trabalho terapêutico sobre o transtorno apresentado, visando a reelaboração e retomada do processo de aprendizagem que apresenta dificuldade, de modo a desenvolver a autonomia e devolver o prazer na atividade do aprender. Desse trabalho fazem parte um diagnóstico do sintoma que se apresenta para a não aprendizagem, através de técnicas específicas e da integração de dados de outras áreas, como escolares, neurológicas, psicológicas e fonoaudiológicas.

O tratamento pode ser individual ou grupal, complementado com a orientação do grupo familiar em relação ao processo de aprendizagem, bem como a orientação junto à escola, face aos aspectos evidenciados no diagnóstico e/ou tratamento. O modo como o sujeito aprende e ensina (quer seja uma pessoa, grupo ou organização social) é expressão do seu estilo particular e inalienável de se relacionar com o conhecimento. Ou seja, é expressão de sua “modalidade de aprendizagem”.

A psicopedagogia é um campo de atuação em saúde e educação que lida com processo de aprendizagem humana, seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio, família, escola e sociedade no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia. (ABPp. 2007.)

O psicopedagogo dentre suas atividades precisa trabalhar as questões pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os procedimentos pedagógicos, integrando o afetivo e o cognitivo, através da aprendizagem dos conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento. (FAGALI, 2002, p. 10)

Porque o processo de aquisição do conhecimento difere de uma pessoa para outra, mas em estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem esse processo se torna mais lento e dificultoso, necessitando do professor um olhar diferenciado, que muitas vezes não acontece, daí a necessidade do psicopedagogo atuar no meio escolar, pois este criará mecanismos para facilitar e promover o ensino nesse meio, sempre buscando a forma mais prazerosa para o estudante.

O enfoque preventivo e o terapêutico. O enfoque preventivo considera o objeto de estudo o ser humano em desenvolvimento, enquanto educável, seu objeto de estudo é a pessoa a ser educada, seus processos de desenvolvimento e as alterações de tais processos. Já o enfoque terapêutico considera o objeto de estudo a identificação, análise, elaboração de uma metodologia de diagnóstico e tratamento da dificuldade de aprendizagem. (GOLBERT, 1985, apud, Bossa et al, 2000, p. 13)

Dessa forma, a psicopedagogia busca a melhoria das relações com a aprendizagem dentro do contexto escolar de maneira a garantir o sucesso da aprendizagem, promovendo um ensino baseado nas necessidades de cada estudante que apresente dificuldades. E esse ensino por sua vez deverá ser prazeroso e eficaz.

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