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PAIS X FILHOS ADOLESCENTES: COMO LIDAR COM AS DIFERENÇAS

Por diversas razões, é difícil definir a adolescência em termos precisos. O início da puberdade, que pode ser considerada uma linha de demarcação entre a infância e a tal fase, não resolve a dificuldade de definição. Termos científicos não são práticos e pesquisas não são 100% assertivas, já que cada indivíduo vivencia esse período de modo diferente e único. Então, o que resta? Como entender os adolescentes e essa fase tão singular?

Na adolescência, há uma transição em marcha, uma ruptura entre o filho idealizado pelos pais e o filho real. Essa transição causa choques, envolve enfrentamentos, mas é normal e precisa ser encarada com serenidade. Para tanto, a escola pode ser um espaço privilegiado na intermediação dessas tensões e colaborar com pais e filhos a fim de compreenderem melhor essa fase, buscando atuar como parceira da família.

Alguns pais creditam as mudanças de conduta e de temperamento pelas quais passam os filhos, na adolescência, a fatores externos – amizades, namoros, festas, internet, por exemplo. É como se os responsáveis sentissem que os filhos continuariam os mesmos se alguém ou alguma coisa não tivesse interferido. Mas não é o caso: a mudança parte do próprio adolescente, e das circunstâncias e dos estímulos aos quais estão expostos. A escola, nesse sentido, pode ajudar a família a compreender isso com mais clareza.

Assim como é normal o filho entrar em choque com a família, também é normal que os pais passem a se relacionar com o filho de outra forma, desenvolvendo por vezes uma postura de repreensão e estranhamento sobre o comportamento adquirido pelo adolescente. É necessário, entretanto, estar atento aos sinais protagonizados pelos filhos para além das situações concretas.  Uma fala atravessada, por exemplo, não significa que o adolescente esteja rechaçando valores defendidos pela família, mas tentando sondar como os responsáveis encaram determinados pontos de vista.  Do contrário, sem captar com sensibilidade tais procedimentos, de repente, o filho ideal, a criança que era como uma extensão da família, pode se tornar, equivocadamente, um estranho.

Fonte: http://educacao.estadao.com.br/blogs/albert-sabin/pais-e-filhos-adolescentes/

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